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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ibovespa: Chegamos no fundo do poço? Hora de comprar?



Ultimamente tenho visto discussões sobre o IBOV ter deixado fundo na mínima do dia 08/08 (1), na casa dos 47.793 pontos. Logo em seguida à "segunda-feira negra", tivemos praticamente sete pregões consecutivos de alta. Após isso, dois pregões corretivos (de baixa) e um de "indecisão" (o da segunda-feira, dia 22/08), quando finalmente chegamos ao pregão de ontem (23/08).

Com a considerável alta vista ontem (2,57%), o que se tem graficamente falando, são fundos ascendentes (o fundo de ontem acima do fundo do dia 08/08). Partindo daí, caso o IBOV confirme realmente o fundo do dia 23, e volte a ter pregões positivos, podemos romper o topo de 17/08, caracterizando assim o tão esperado (pelo menos para os comprados) "pivô de alta", o que deixaria o nosso principal índice em tendência de alta (no curto prazo), mas ainda em tendência de baixa no médio.

Ok Weberson, entendi. O IBOV pode estar em pleno movimento para desenhar um pivô de alta. Sendo assim, fica a pergunta para você:

- É hora de tentar se antecipar a esse possível movimento e "ir às compras" (para swing e/ou position) de empresas como VALE, Petrobras, etc., que estão com baixo VPA, entre outros bons fundamentos?

Não, penso que ainda não. Acho prematuro compras além das feitas em daytrade, pois como apresento no gráfico acima, o IBOV está trabalhando abaixo da LTB de curto prazo, e com isso, o que pode acontecer é o rompimento do topo do dia 17/08 (cabeça do pivô), testar a LTB e voltar a cair. A se confirmar esse fato, teríamos sim um pivô de alta, mas o chamado "falso pivô" (2).

Por Fibonacci (que é o meu "modus operandi"), o teste da LTB coincidiria com o ponto de reversão na casa dos 55.800 pontos, projetando na sequência queda na busca pelo fundo de 08/08. Se esse fundo for perdido, o buraco aumentará ainda mais, com projeção final de buscar os 39.900 pontos.

Nessa brincadeira, teríamos 25,82% de queda (considerando o fechamento de ontem, 23/08, em 53.786 pontos e a projeção de baixa, na casa dos 39.900). Realmente um tombo e tanto.

Minha sugestão é "deixar o mercado se mostrar, apresentando a que veio". Nesse meio tempo, para quem está comprado, o ideal é tentar fazer hedger, protegendo a sua carteira de ações (através de operações vendidas, lançamentos, travas, etc). Agora, para quem está comprado ou não, o momento é ímpar para quem gosta do curtíssimo prazo, do bom e velho, e porque não lucrativo, "daytrade".

Mas rechear a carteira com novos ativos (em quantidade e/ou com novas empresas) não me agrada nesse momento. E não recomendo à ninguém.


Obs.:
1 - A segunda-feira "negra", dia 08/08, foi o primeiro dia de pregão após o rebaixamento da nota americana pela Standard & Poors), anunciado na noite da sexta, dia 05/08. A segunda amanheceu azeda na Ásia, e claro, a Europa não ficou de fora da festa - leia-se "pânico". O nosso mercado abriu (10:00h) em forte gap de baixa, e após a abertura do mercado americano (10:30h), descemos ainda mais (só que agora de elevador), quando após o almoço ficamos muito próximos do acionamento do "Circuit Breaker", já que a queda do IBOV chegou a atingir 9,74%. Após leve recuperação, o nosso índice fechou em baixa de 8,07%.

2 - Os "falsos pivôs de alta" são os que se formam abaixo de uma LTB (já os "falsos pivôs de baixa" quando acontecem acima de uma  LTA). Em ambos os casos, eles acabam sendo anulados ao testar uma linha de tendência. Pivôs reais acontecem e se confirmam, quando acima (pivô de alta) ou abaixo (pivô de baixa) de uma linha de tendência. Em tais situações, costumam reverter o movimento anterior, caracterizando, pela Teoria de Elliott, como o início da Onda 1 ou da Onda A (do movimento corretivo ABC).
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